quinta-feira, 2 de abril de 2015

A primeira vez que o apresentei


Visto que o meu pai esteve cá não podia perder a oportunidade de apresentar o Totó. Para isso fomos jantar à minha pizzeria preferida em que eu tive logo a certeza que o meu pai adorar. 
O jantar esteve sempre com um ambiente óptimo com muitos sorrisos e gargalhadas à mistura, mas o alto da noite foi quando se falou da questão em si: "então pai? Ele está aprovado?". Conhecendo como conheço o meu pai já sabia o que estava para vir (é o típico pai de uma menina em que pensa que as filhas não crescem e vão ser sempre protegidas), então ele disse "quando disseste que namoravas ao telemóvel andei o dia todo inquieto, o pior é que não foi só um dia mas sim uma semana sempre a pensar no mesmo, só pensava em que como tu ainda há pouco tempo eras tão pequenina... Cresceste tão depressa, já tens vinte anos, entraste na faculdade e já namoras... Fiquei com medo, fiquei com medo que ele fosse um vagabundo, um drogado ou que te fosse tratar mal. Eu sabia que iria chegar o dia em que ia aparecer um rapaz que ia-me roubar a filha, mas um pai nunca está preparado para isso" No fim deste discurso todo drama queen, mas tão fofinho ao ponto de ficar toda babada o meu pai disse que gostava dele e que estava aprovado. Gostou tanto dele que até lhe ofereceu uma garrafa de vinho do Porto de reserva (o Totó adoooora vinho de Porto). Fiquei tão mas tão feliz. Era muito importante para mim ouvir isto visto que foi o primeiro namorado que apresentei ao meu pai (não que tenha tido muitos namorados, apenas um antes do Totó).
No fim do jantar, depois de eu e o Totó termos deixado o meu pai em casa:
Eu: "Então gostaste de conhecer o meu pai? Foste o primeiro namorado que lhe apresentei";
Totó: "Fui o primeiro e vou ser o último". 

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